"Rita, nome forte como madeira de que cupim não gosta, nasceu Rita Maria Salazar Brennand numa casa de engenho com nome de santo. São Francisco acolheu o primeiro olhar dessa brasileira nascida pernambucana em 1926. Acordava com o canto do galo sertão, caipira, magrelo da goela rouca. Rita foi bicho entre bichos, voz nas mesmas vozes. Rita é e dá vida ao sopro de uma flauta e se experimenta no fôlego dos pássaros. Aprendiz do riacho transparente de cócoras aprende. Pinga uma gota d’água, encontra a argila macia que testemunha desde sempre suas mãos de artista plástica. Hoje é fluminense segundo confissão dos mares de Macaé. É Essas Dimim.
Essas dimim são contrárias, escrevem versos e fazem parte desses rostos que não são sempre os mesmos e brincam de trocar os corpos.
Que lucidez. Que pandemônio!"
Anna Ehre
